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sábado, 17 de julho de 2010

..:: Café Expresso::..


        O Maioral Da Tela

         Steve Mcqueen:“o homem que as mulheres querem ter e que os homens querem ser”
                
                       
  Steve McQueen foi uma das maiores bilheterias dos anos 60 nos Estados Unidos e no mundo. Apesar do jeito grosseiro, sua presença de cena era imensa, tanto que ficou conhecido como “o homem que as mulheres querem ter e que os homens querem ser” e também “King Of Cool” (equivalente a “O Rei dos Maiorais”). Apaixonado por grandes máquinas era viciado tanto por motorizadas, quanto máquinas humanas, casou–se três vezes, tendo um casamento polêmico com Ali MacGraw sua co-estrela em “Os Implacáveis” (The Getway, 1972, EUA), com queixas que ele a agredia. Há alguns mitos em relação à McQueen, que Bruce Lee e Chuck Norris teriam ensinando artes marciais para ele, tudo isso lenda. McQueen era muito amigo de Bruce Lee e carregou seu caixão. É lendária a conversa entre os dois, Mcqueen teria dito “-gostaria de lutar como você” e Lee respondido “-eu a bilheteria dos seus filmes”. Ambos se tornaram ícones da cultura pop.

Infelizmente Steve McQueen foi embora muito cedo, um câncer no pulmão o matou aos 50 anos, mais deixou talvez as atuações mais verdadeiras e próximas da realidade já vistas no cinema. Muita coisa para um ex-frentista, que não era bonito, passou por reformatórios, mas tinha mais carisma no seu mindinho do que Robert Pattinson tem em seu corpo inteiro.

No Brasil os filmes mais conhecidos de McQueen são “Sete Homens E Um Destino” (The Magnificent Seven, 1960, EUA), “Papillon” (idem, 1973, EUA) e “Inferno Na Torre” (The Towering Inferno, 1974, EUA), um dos melhores de McQueen é “A Mesa Do Diabo” (The Cincinnati Kid, 1965, EUA), estrelando também Karl Malden (o maior ator coadjuvante do cinema) Ann-Margret, Tuesday Weld e o “rei dos gângsteres” Edward G.Robinson em um de seus últimos filmes.

“A Mesa Do Diabo” é a história de Kid (Steve McQueen) um jogador de pôquer cansado de jogar em mesas de bar e com oponentes fracos, sonha em um grande jogo com o melhor: Lancey Howard (Edward G. Robinson, sempre sinistro). No meio disso se envolve com a mulher do seu sócio Shooter (o brilhante Karl Malden) e se apaixona pela jovem Christian (Tuesday Weld).

Dirigido pelo hoje consagrado Norman Jewison, após o diretor original Sam Peckinpah ser demitido (mais tarde faria com McQueen o clássico Os Implacáveis), com roteiro de um dos maiores da área, Terry Southern ,co-escrito com Ring Lardner Jr, editado por Hal Ashby, futuro diretor de “Ensina-me A Viver” e outros marcos cinematográficos , música do argentino Lalo Schifrin, autor do tema de “Missão: Impossível” e canção original cantada por Ray Charles, “A Mesa Do Diabo” leva o telespectador a ser um observador do jogo, a torcer e vibrar em cada jogada, mostrando também por que McQueen é talvez o maior e mais carismático astro de todos os tempos do cinema.