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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Pesquisa revela aumento do número de turistas no Brasil


Fala sério, quem não curte se desligar um pouco da rotina, do trabalho e dos problemas domésticos, e curtir um fim de semana na praia, admirando o mar e sentindo a brisa no rosto, ou passar algum tempo no interior, de preferência numa cidade pequena, onde todos se conhecem e se cumprimentam, como se fossem amigos de longa data ou mesmo membros da própria família? Decerto, pouquíssimas pessoas não se entregariam a uns poucos dias que lhe pudessem proporcionar uma quase completa alienação dos compromissos para recarregar as baterias, e voltar com tudo para mais uma etapa da batalha diária que é nossa vida.

No Brasil, por exemplo, as pessoas tem viajado mais e mostram querer fazer isso mais vezes. Numa recente pesquisa levantada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de brasileiros que viajaram aumentou em 14,5% em 2011 em relação a 2010. A mesma pesquisa revela dados interessantes, como o fato de que uma a cada três famílias afirmam desejar fazer um viagem e metade delas pretende ir para o mesmo destino, no mesmo ano, pelo menos mais uma vez. Não por acaso, mas essa curva ascendente vem de encontro as melhores condições de vida e lazer que os habitantes do Brasil gozam nos últimos anos.

Outras conclusões interessantes dizem respeito a velhos preconceitos que algumas pessoas ainda nutrem, que, como qualquer outro sentimento nesse sentido, não possui base científica alguma. Segundo o estudo da FGV, até 2008, 44,4% das pessoas diziam que as viagens aéreas  tinham sua preferência. Em 2011 este número saltou para mais 60% dos viajantes que declaram sentirem-se mais confortáveis a escolher viagens de avião. Em linha oposta, o passeio de carro parece sofrer um declínio, quando apenas 23,7% dos entrevistados afirmaram que preferem esse tipo de transporte, mais de 13% a menos na pesquisa anterior.

Nosso país, tido com uma das maiores concentrações de belezas naturais do planeta, tem seu fluxi conhecido de turistas não apenas de brasileiros que querem conhecer melhor seu país, mas também uma presença maciça de estrangeiros, num mercado que movimenta bilhões de dólares. Apenas nos três primeiros meses de 2012 – entre estadia, alimentação, gastos diversos e etc – os gringos deixaram por aqui mais 1,9 bilhão de dólares. Um dado interessante é que até nesse aspecto nossa balança comercial é positiva: o brasileiro, quando viajou ao exterior, gastou 1,6 bilhões. Nossas terras atrairam 300 milhões de dólares a mais que as terras dos outros.

Bom, com um mercado tão aquecido, e tantas pessoas dispostas a proporcionar a família momentos inesquecíveis, o que você está esperando? Uma boa dica para se preparar é saber a disponibilidade de passagens aéreas, o maior número de informações possíveis sobre o destino almejado, além de preços de hoteis, alugueis de carro e etc. Nesse sentido, o site Skyscanner pode ser uma boa opção como ponta pé inicial de sua trip. No mais arrume as malas, coloque uma mochila nas costas, e vá conhecer pessoas e lugares, descobrindo, assim, que o mundo pode ser um lugar bem interessante.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

:.:Café Expresso::.:

Sempre com desejo de matar


Charles Bronson é Mr.Majestyk (Desafiando o Assassino)

Charles Bronson é um velho conhecido dos brasileiros. As noites de domingo não eram as mesmas sem ver esse senhor perseguindo e matando bandidos há um certo tempo.Nostálgico, não é?

Bronson era um mero coadjuvante até o final dos anos 60 ,quando foi convidado para filmar na Europa ,estrelando Era Uma Vez No Oeste (C'era una volta il West, 1968, Itália/EUA) do genial Sergio Leone e O Passageiro Da Chuva (Le passager de la pluie, 1970, Itália/França) do aclamado René Clément. Ficando um pouco mais conhecido em sua pátria ,os Estados Unidos, Bronson fez uma parceria de sucesso com o diretor inglês Michael Winner ,fazendo em seqüência Apache ( Chato’s Land, 1972 ,EUA) , o muitas vezes copiado e fabuloso Assassino A Preço Fixo ( The Mechanic,1972,EUA) e o grande sucesso da carreira de Bronson, Desejo De Matar ( Death Wish, 1974,EUA) um clássico do cinema policial.Em um dos intervalos de filmagem Charles Bronson fez Desafiando o Assassino (Mr.Majestyk ,1974,EUA), um filme memorável para o público brasileiro e um Cult absoluto.
Cartaz de Desafiando o  Assassino

Em Desafiando o Assassino, Charles Bronson é Vince Majestyk, veterano do Vietnã e dono de uma plantação de melancia. Ele tem sua paz afetada quando um baderneiro local o obriga a contratar bêbados para trabalhar em sua colheita. Após uma briga Vince é preso e colocado na mesma cela que Frank Renda ( Al Lettieri ) ,um matador de aluguel que está a espera de seu julgamento.A partir daí sua vida vai se transformar em um inferno.

Com roteiro do hoje consagrado Elmore Leonard, direção de Richard Fleischer (diretor de Conan, O Destruidor e Guerreiros de Fogo) e produção de Walter Mirisch (produtor dos premiados com o Oscar, No Calor Da Noite e Amor, Sublime Amor), Desafiando o Assassino contem os clichês de filmes de ação, más possui um ar nostálgico e doses cavalares de suspense. Possui também como antagonista o grande Al Lettieri (foto),morto precocemente e um dos grandes vilões da história do cinema.Possui uma cena memorável da destruição da colheita de melancias e influenciou o estilo de direção de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez.Uma curiosidade é que o filme era exibido nos Estados Unidos junto com 007 Contra o Homem da Pistola de Ouro (The Man With The Golden Gun ,1974,ING),pois este não estava arrecadando o esperado pelo o estúdio MGM.

Está com saudades do velho Charlie matando a sangue frio seus inimigos, assista Desafiando o Assassino.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

.:.: Jukebox:.:.

O místico das seis cordas


Capa oficial de "Electric Ladyland"


James Marshall Hendrix ou apenas Jimi Hendrix dispensa apresentações, o maior guitarrista de todos os tempos, muito a frente do seu tempo. Tanto que na época em que tocava com Little Richard foi despedido por estar roubando o show do astro.

O músico Chas Chandler (baixista do The Animals), quando ouviu a guitarra desse homem, pirou e descobriu ali o maior músico da história das seis cordas. Levou-o à Inglaterra, onde músicos, já com certa fama como Eric Clapton (na época no Cream), ficaram impressionados com a técnica e carisma de Hendrix. Lá, ele forma o conjunto “The Jimi Hendrix Experience” com Noel Redding no baixo e Mitch Mitchell na bateria. Grava em 1967 o primeiro álbum, o grande “Are You Experienced” com hits como “Hey Joe”, ”Purple Haze”, ”Fire”, etc. Em seguida vem a pedrada de “Axis: Bold As Love” com sua “Spanish Castle Magic” e outras canções maravilhosas. Mas nada seria como Electric Ladyland,gravado em 1968,é o disco que mais se aproxima à divindade da música, realmente coisa de outro mundo. A ligação das músicas do álbum com algo espiritual é muito forte, nem Mozart conseguiu tal feito . Electric Ladyland com certeza sempre vai estar na lista dos melhores discos de todos os tempos.


Capa censurada de "Electric Ladyland"


01... And The Gods Made Love (Hendrix): Uma introdução mística e instrumental, mostrando a experiência que vamos sentir.

02. Have You Ever Been (To Electric Ladyland) (Hendrix): Você já esteve na terra das damas elétricas? Hendrix vai contar para você como é esse lugar, com uma instrumentação e mixagem mágica.

03.Crosstown Traffic (Hendrix): Pesada na medida certa, rápida, com uma letra maliciosa e uma das melhores coisas que Hendrix gravou, simples assim.

04.Voodoo Chile (Hendrix): 15 minutos de blues improvisado ,levando o ouvinte da nossa realidade para outro nível, nunca feito antes pelo homem.

05. Little Miss Strange (Redding): Música do baixista Noel Redding, que toca o violão da introdução, com Jimi de coadjuvante, mais elevando essa faixa que poderia ser esquecível a um dos melhores momentos do álbum.

06. Long Hot Summer Night (Hendrix): Sensual, acho que isso basta.

07. Come On (Let The Good Times Roll) (King): Forte hard rock (na época chamado de Blues Elétrico) lembra um pouco What’d I Say de Ray Charles, só que mais quente.

08. Gypsy Eyes(Hendrix): Outra viagem, com um Jimi maravilhoso, tanto na voz quanto na guitarra, que não para um minuto.

09. Burning Of The Midnight Lamp (Hendrix): Um gospel ,que poderia ser o hino da igreja de Hendrix,com um arranjo diferente do normal, uma alquimia de Eddie Kramer (o engenheiro de som do disco) e Jimi, engrandecida com os backing vocals das Sweet Inspirations (que nos anos 70 acompanharam Elvis).

10. Rainy Day, Dream Away (Hendrix): Com clima de improvisação, vemos um Hendrix à vontade, um arranjo com algo jazzístico, um clima que te leva realmente para um dia chuvoso, com um órgão marcante e os arranjos de metais irresistíveis.

11.1983...(A Mermain I Should Turn To Be) (Hendrix): Uma viagem sóbria de LSD, fantástica e muito forte, repare na guitarra, realmente é a aproximação com algo divino.

12. Moon ,Turn The Tides ...Gently Gently Away (Hendrix): Um pouco indiana, um pouco tema de Bonanza (seriado dos anos 60) mostrando todo o entrosamento do “Experience” e a qualidade e competência dos seus músicos

13. Still Raining, Still Dreaming (Hendrix): Continuação direta de Raining Day, Dream Away, gravadas em seqüência, mas com uma atmosfera totalmente diferente da primeira, mais psicodélica.

14. House Burning Down (Hendrix): Outra da sessão de gravação de Raining Day, Dream Away, mostrando a unidade entre as músicas de Hendrix.

15. All Along The Watchtower(Dylan): Se você perguntasse para Hendrix qual era seu maior herói, talvez ele respondesse Bob Dylan. Aqui ele faz um cover que, com certeza, é mais popular e bem melhor que a versão original e também a versão definitiva desse clássico.

16. Voodoo Child (Slight Return)(Hendrix): Para finalizar essa viagem à terra das damas elétricas, Hendrix abusa de sua guitarra e faz a despedida perfeita. Um clássico de todos os tempos.

Hendrix, além de inovar e ser o grande músico que nos deixou verdadeiros tesouros mostra-se atual mesmo 41 anos depois de gravado e 40 da sua morte. Insuperável, daqui 200 anos vai ser referência musical como Bach, Beethoven e outros grandes. Vida longa a Jimi Hendrix, morto fisicamente, mas vivo em nossas almas.

sábado, 21 de agosto de 2010

..:: Café Expresso::..

Bond, James Bond : Parte II



                                           Roger Moore nos tempos de  James Bond


Sean Connery era o sarcástico, Roger Moore o bem humorado. O inglês Roger Moore nasceu em 1927 na Inglaterra e antes de ser ator, foi cartunista e modelo. Seu primeiro papel de destaque foi na série dos anos 50, ”Maverick” (com James Garner no papel titulo). Em 1962 foi convidado para o papel de James Bond, não aceitou por causa do contrato para fazer Simon Templar, o personagem principal da série de sucesso “O Santo” (que anos mais tarde teria sua versão para o cinema com Val Kilmer no papel de Simon Templar). Após onze anos de espera, Moore teve a difícil missão de substituir Sean Connery, que havia voltado para a série após uma oferta financeira irrecusável e por conta do fracasso de George Lazenby no papel de 007. Por mais de uma vez, os produtores pediram para Moore emagrecer e cortar o cabelo e ele fez isso. Estreou em 1973 em “Com 007 Viva E Deixe Morrer” (Live And Let Die ,ING), mostrando a sua competência e concretizando que Connery não deixou saudades. Após o primeiro filme, estrelou mais seis na pele de James Bond. O último é 007 Na Mira Dos Assassinos (A View To A Kill ,1985 ,ING/EUA).


James Bond e uma conquista em 007 Na Mira Dos Assassinos

Em 007 Na Mira Dos Assassinos, Roger Moore não tem mais o preparo físico de outrora e nem tanto apetite sexual, pois estamos em tempos de AIDS. Apesar de uma plástica mal feita em seu rosto, não deixa de ser charmoso e prova por que é aclamado até hoje, por muita gente, como o grande James Bond de todos os tempos.

No filme, 007 (Roger Moore) está na Sibéria e descobre no corpo do agente assassinado 003 um microcircuito. Após uma fuga surfando na neve, com direito a "California Girls" dos Beach Boys, James Bond descobre que o chip é uma tecnologia inglesa imune a explosões nucleares, ou seja, indestrutível. O grande suspeito de passar essa tecnologia aos russos é o industrial alemão Max Zorin (feito brilhantemente por Christopher Walken, em papel que seria de David Bowie). Mas Bond vê que além de Zorin ter passado a tecnologia para o inimigo, ele é uma experiência genética de um cientista nazista capturado pelos russos e tem como plano, simular um terremoto em São Francisco, inundando o Vale Do Silício (o grande cartel da informática no planeta) e se transformando no único produtor de microchips no mundo. 007 tentará impedir, mas para isso terá que passar por May Day (a cantora jamaicana Grace Jones,em papel andrógeno e sensual) fiel escudeira de Zorin e receberá ajuda de Stacey Sutton (Tanya Roberts uma das panteras do seriado televisivo) filha de um empresário traído por Max.


Com ar de filme Hitchcockiano, 007 Na Mira dos Assassinos, tem perseguições antológicas na Torre Eiffel e na Golden Gate (famosa ponte de São Francisco), conta também com dois vilões de peso que roubam o filme, Christopher Walken (foto), premiado com o Oscar de Ator Coadjuvante por “O Franco-Atirador” (The Deer Hunter, EUA, 1978) e Grace Jones (foto), figura conhecida nos tempos das discotecas. Possui uma canção-tema que marcou época “A View To A Kill” composta por John Barry (autor da trilha sonora) e pelo grupo Duran Duran, a primeira música de um filme de James Bond a estar no topo das paradas de sucesso. Dirigido pelo entusiasta da ação John Glen, com roteiro de Richard Maibaum e Michael G. Wilson (produtor-executivo), o filme marca o fim da era de ouro de James Bond, pois além da despedida de Roger Moore do papel, temos também o adeus de Lois Maxwell à eterna Miss Moneypenny, a secretária do MI6, apaixonada por Bond. Na época, o futuro da série era incerto, nos créditos nem chega a ser anunciado qual seria a próxima produção de 007 (algo que acontecia desde "O Satânico Dr.No" ,o primeiro filme do personagem), mas em 1987 o ator do País de Gales, Timothy Dalton, assume o papel e faz o filme "007 Marcado Para Morte" (The Living Daylights,ING), mas isso é outra história.
..:: Café Expresso::..


Bond, James Bond: Parte I


                                               Sean Connery é James Bond em "Goldfinger"

Sean Connery tem pinta de durão, cínico e com um discreto charme de brutamontes. Isso é o que as mulheres pensam dele, eleito em 1990 como o homem mais sexy do Século XX. O escocês Connery não foi a primeira escolha para ser James Bond. Não tinha a classe de Cary Grant, em quem o autor dos romances de 007, Ian Fleming, se inspirou e era a primeira escolha para interpretar Bond. Mas Sean chamou atenção do produtor Albert Broccoli por exigir suas condições para pegar o papel, mas Broccoli viu o modo de andar de Connery e tinha certeza que encontrou o homem para ser o personagem. Connery assinou contrato de seis anos com os produtores e o resultado disso foi o surgimento de duas lendas cinematográficas. A primeira, o personagem James Bond ,agente secreto sedutor, mulherengo, beberrão e extremamente competente. A outra é Sean Connery, um dos maiores mitos cinematográficos de todos os tempos e que em 1988 foi agraciado com o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por "Os Intocáveis" (The Untouchables, 1988, EUA) de Brian De Palma. Mas retornando a James Bond, o filme que definiu os padrões da cine série mais longa da história foi 007 Contra Goldfinger (Goldfinger ,ING,1964), que possui várias imitações e lançou para o mundo a Bondmania ,algo talvez só visto até então com os Beatles.



                       Oddjob (Harold Sakata) ,007(Sean Connery) e Goldfinger(Gert Frobe)

Em 007 Contra Goldfinger, James Bond (Sean Connery) é encarregado de observar os passos do magnata Auric Goldfinger (o ator alemão Gert Frobe) contrabandista de ouro, suspeito de negociar com a China (na época um dos inimigos do capitalismo). Bond se envolverá com a secretária de Goldfinger que será brutalmente assassinada por Oddjob (Harold Sakata, medalha de ouro nas Olimpíadas de 1948 em levantamento de peso) o fiel capanga de Goldfinger. Só que Bond não suspeitava que o plano do vilão fosse invadir o Fort Knox (o maior depósito de ouro dos Estados Unidos) e com uma bomba atômica chinesa contaminar todo o ouro para torná-lo inutilizável e com um maior valor de mercado. Para isso, 007 vai contar com a ajuda de Felix Leiter (Cec Linder), Pussy Galore (Honor Blackman, da série The Avangers) uma das funcionarias de Goldfinger e do seu Aston Martin DB5, o carro símbolo do personagem, mas terá que enfrentar o cruel Oddjob e seu chapéu assassino.

O filme constrói todos os elementos usados nos próximos 48 anos de série, desde a trilha sonora (do grande maestro John Barry), música tema cantada por um grande nome da música (em 007 Contra Goldfinger, Shirley Bassey), personagens estranhos e medonhos, situações constrangedoras para o herói, diálogos afinados, mulheres sensuais, carros velozes, paisagens magníficas, edição rápida e uma ligeira dose de suspense.

007 Contra Goldfinger foi dirigido por Guy Hamilton (que depois dirigiria mais três filmes da série), com edição de Peter Hunt (futuro diretor de 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade), fotografia de Ted Moore e roteiro de Richard Maibum e Paul Dehn, baseado no romance de Ian Fleming.

Algumas curiosidades sobre o filme: Gert Frobe teve que ser dublado por conta de seu forte sotaque alemão e Harold Sakata realmente machucou Sean Connery na cena em que Bond vai apanhar champanhe em seu apartamento, e Connery teve que ficar afastado três dias das filmagens. 007 Contra Goldfinger é um marco do cinema de ação e é considerado um dos melhores filmes de todos os tempos .Confira.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

..:Cardápio:..

A dica de leitura de hoje é o livro Eu não sou cachorro, não, dissertação de mestrado do baiano Paulo César de Araújo, sobre música cafona e ditadura militar.

Mas, antes de ler este livro, é preciso livrar-se de rótulos e estigmas no que diz respeito a música "brega". Termo que o autor usa sempre entre aspas, já que se trata de um modo pejorativo de se referir a essa produção musical.
Em plena ditadura militar, momento em que a MPB demonstrou engajamento político, paralelamente ao surgimento de estruturas mais experimentais na música, influenciadas pelo tropicalismo, o que não fazia referência ao contexto atual, era taxado de alienado.
No entanto, o autor quer mostrar que as dimensões da ditadura militar não eram uma realidade tão próxima de todos, como se parece.
Esses artistas da música "cafona" vinham de realidades muito distintas da maioria dos músicos que se consagraram no período. Eram desprovidos de informação, vinham de outro meio social e trabalhavam pelo pão de cada dia.
Ainda que tenham sido censurados, como é o caso de Odair José e a música "Pare de tomar a pílula", muitos desconheciam o verdadeiro certame daquele período.
Mas como frisa o autor, esse artistas "bregas" tiveram sua relevância ao representaram uma classe renegada, como as empregadas domésticas, os homossexuais, as prostitutas e os trabalhadores de um modo geral.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

..:: Jukebox ::..

Coroado pelo público


No próximo dia 16 de agosto fará 33 anos da morte de Elvis Presley. Considerado “O Rei do Rock’n’Roll”, sua gravação de “That’s All Right, Mama” nos estúdios da Sun Records em 1954 é considerado o marco zero do gênero. Segundo Sam Phillips, proprietário do estúdio, Elvis era um “branco com a voz de um negro” e essa descoberta rendeu alguns trocados para Phillips que o vendeu para a RCA Victor. O resto da história é a construção do maior mito da história do século XX, um homem que de simples caminhoneiro se tornou o líder de uma revolução comportamental e cultural como nunca havia visto.

Até agosto de 1977 vendeu 600 milhões de discos. Após sua morte é estimado que a venda de seus discos dobrou, sendo considerado o maior vendedor da indústria fonográfica, estrelou 31 filmes e 2 documentários, sua mansão em Memphis, a “Graceland” é patrimônio histórico dos Estados Unidos e também o 2º lugar mais visitado do país, perdendo somente para a Casa Branca.

Elvis teve uma carreira de altos e baixos, estrelou filmes excelentes (como "King Creole", "Jailhouse Rock”, "Wild In The Country"), outros medíocres (“Speedway”, “Double Trouble”, “Camblake), seu empresário, conhecido como Cel. Tom Parker não deixava Elvis fazer turnês fora dos EUA. Só após a morte de Parker soube-se que ele era um imigrante ilegal holandês e por isso Presley não fez shows fora da América, a não ser alguns shows no Canadá na década de 50. Em 1967 Elvis ganha um Grammy por seu disco gospel “How Great Thou Art”, o começo de seu retorno aos holofotes, mas sua consagração veio em 68 com o especial para a rede de televisão americana NBC, conhecido como “Comeback Special”, mostrando Elvis no auge da forma e em performances sexy e intimistas, tudo o que Tom Parker não desejava. Começa o retorno triunfal de Elvis Presley, coroado em 69 com o “hit” “Suspicious Minds ", 1º lugar nas paradas por várias semanas e com sua volta aos palcos em 69 , no International Hotel em Las Vegas, quebrando recordes de público e deixando lendas da cidade, como Frank Sinatra, no chinelo.

Após o retorno, Elvis gravou diversos discos sem parar e um dos destaques é “Raised On Rock”, lançado em outubro de 1973. Amado por alguns e odiado por muitos, talvez seja um dos melhores discos de Elvis na década e um modesto sucesso comercial, já que Elvis tinha acabado de fazer o primeiro show via satélite para o mundo: o “Aloha From Hawaii” e outro destaque do disco é a volta de Jerry Leiber e Mike Stoller nas letras. Para quem não sabe, Leiber & Stoller foram a principal dupla de compositores de rock nos anos 50, muito antes de Lennon & McCartney, Jagger & Richards, Plant & Page e são autores de alguns hinos do rock, como “Jailhouse Rock”, “(You’re So Square) Baby I Don’t Care”, ”Hound Dog”, etc. Só por isso já vale a pena ouvir “Raised On Rock”:

Capa de "Raised On Rock".

1. Raised on Rock (James): Elvis retoma a parceria com Mark James, autor de Suspicious Minds. A letra faz um panorama histórico do rock até o momento, citando de Chuck Berry a Beatles, um ótimo começo para um álbum.

2. Are You Sincere (Walker): Canção romântica, em que Elvis demonstra todo seu poder vocal, mostrando porque ele é absoluto.

3. Find out What’s Happening (Crutchfield): Country agitado e com guitarras precisas, mas acaba sendo um "tiro n’água".

4. I Miss You (Sumner/Sumner): Outra linda balada, terna, suave e gostosa de ouvir, com arranjo vocal de “J.D. Sumner Stamps Quartet” (grupo vocal gospel que acompanhava Elvis nas turnês) fenomenal.

5. Girl Of Mine (Mason/Reed/Reed): Uma bela e animada canção country aos moldes das gravadas anteriormente por Elvis, só que com uma letra extremamente alegre, que ou deixa os ouvintes com vergonha ou contentes por estarem escutando uma pequena “jóia’.

6. For Ol’ Times Sake (White) : Composição do grande “blues & country-man” Tony Joe White, pouco conhecido no Brasil e com certeza o ponto alto do disco, uma canção de amor maravilhosa, sobre a separação de um casal e sem dúvida uma das mais lindas já escritas.

7.If You Don’t Comeback (Leiber/Stoller): O retorno de uma antiga parceria,com uma pegada mais funk que poderia ter resultados melhores, mas é morno e não lembra nem de longe os velhos clássicos dos 50’s.

8.Just A Little Bit (Bass/Brown/Gordon/Gordon/Thorton/Washington): Um dos rock's mais vigorosos e fortes gravados por Elvis nos anos 70 ,extremamente sensual ,com um baixo marcante e uma fúria vocal de Elvis. Foi gravada por Jerry Lee Lewis também.

9.Sweet Angeline ( Arnold /Martin/Morrow): O ponto baixo do disco, gospel, lento ,esquecível ,mas com uma linda letra e arranjo vocais primorosos .

10. Three Corn Patches (Leiber/Stoller): Mais uma da dupla, que até relembra os antigos clássicos, mas não é nada marcante. Possui uma versão bem mais interessante de “takes” que deram errado, lançados anos depois.

Raised On Rock é apenas mais um álbum para a carreira de Elvis Presley, morto em agosto de 1977, vitima de uma arritmia cardíaca. Um homem simples, que se tornou “Rei” e nunca perderá sua majestade.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

..:: Cardápio ::..

Buenas...


Pois é gente... Passou-se uma semana desde meu último post, e o frio continua não dando trégua. Que tal relembrar, com um bom livro, nossa infância e adolescência? Boa ideia para aqueles que, como eu, estão passando por um momento de falta de $$$... Quero dizer, falta de tempo!

Brincadeiras à parte, espero poder prestar uma justa homenagem a uma série de livros que marcou gerações nos anos 1970, 80 e 90. Hoje, senhoras e senhores, falarei sobre a coleção de publicações da Editora Ática que, para muitos, foi a primeira experiência com a literatura. Apresento-lhes a Série Vagalume.

Possuindo uma coleção respeitosa, de mais de cem livros, a série destaca-se pela leitura fácil, tendo em vista que é voltado ao público juvenil, álém de possuir uma série de exercícios, ao final de cada obra, para estimular a compreenssão e interpretação dos jovens leitores. Um marco na época, o que a fez ser largamente utilizada nas escolas de ensino fundamental é médio.

Você que tem, pelo menos, vinte e cinco anos provavelmente já conheceu algumas dessas obras. Livros clássicos, como "A ilha perdida" e "Éramos seis", de Maria José Dupré, "O mistério do cinco estrelas" e "Sozinha no mundo", de Marcos Rey, ou ainda "O escaravelho do diabo", de Lúcia Machado de Almeida, foram verdadeiros sucessos de vendas, estimulando crianças e adolescentes ao hábito da leitura.

Você aí que teve boas recordações ao relembrar sua época escolar, tire seu velho livro da série vagalume da estante, e leia para seu filho. Para os mais jovens, adquiram algum em suas livrarias preferidas, ou pelo site da Editora Ática. Certeza de uma boa leitura, que cativou pais e filhos por décadas.
..:: Prato do dia ::..

Seguindo o gancho do rock and roll, falo agora de outro concerto histórico na terra da garoa.

Puxando agora para um lado mais progressivo, temos um dos maiores power-trio de rock progressivo do mundo.

Com grandes hits e uma longa estrada, a banda Rush se apresentará no dia 8 de outubro, no estádio do Morumbi.

Isso é uma grande oportunidade para os brasileiros, pois o homem das baquetas do trio, Neil Pearl, foi considerado por anos o melhor baterista do mundo.

Sucessos como Tom Sawyer, Fly By Night e YYZ prometem esquentar a noite paulistana.

Os ingressas giram em torno de 160 e 500 reais, podendo ser comprados pelo site http://www.ticketmaster.com.br/, em postos de venda ou no estádio.

Um ótimo show que será inesquecível para seus espectadores.
..:: Prato do dia ::..

Olá!

Como vai você?

Peço desculpas pelo meu atraso de um dia no post dessa semana, pois não tive tempo de escrevê-lo ontem, por motivos pessoais.

Mas, para me redimir, farei dois posts.

Então, lá vamos nós!


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Shows de rock no Brasil costumam lotar estádios desde os anos 80, com a estréia do Rock in Rio.

Há anos, bandas dos mais diversos estilos e tipos vêm à nossa pátria. Segundo alguns artistas, o público da terra da caipirinha, futebol e carnaval é muito receptivo e empolgado.

Não diferente, no dia 6 de outubro, no estádio do Morumbi, a banda comandada por Jon Bon Jovi vem a São Paulo para uma única apresentação.

Prometendo fazer um digno show com o mais puro Hard Rock, Bon Jovi e seus companheiros tocarão clássicos como It's my life, Always, I'll be there for you e algumas das mais recentes, como Have a nice day e We weren't born to follow.

Com uma boa imagem, presença de palco fuminante e o peso e ousadia de quase 30 anos de carreira, a banda promete trazer toda a sensualidade e agressividade aos fãs brasileiros.

Os preços dos ingressos variam entre 160 e 600 reais, mudando de acordo com local de distância do palco, que podem ser comprados pelo site http://www.ticketmaster.com.br/shwArtistaDestaques.cfm?artistaID=426, nos postos de venda da Ticketmaster ou no local do concerto.

Para os apreciadores do bom e velho Hard Rock, é um show imperdível.