Hoje é dia de literatura. Vou falar sobre uma poetisa: Florbela Espanca.
Florbela d´Alma da Conceição Lobo Espanca, é a figura feminina mais importante da poesia portuguesa.
Nasceu em 1894, estudou Direito em Lisboa, e tem uma história de vida bastante marcada pelo incomum e inesperado. Assim como sua poesia: Casou-se, separou-se, sofreu um aborto, foi abandonada pela família, e suicidou-se em 8 de dezembro de 1930, dia do seu aniversário.
Toda a sua trajetória poética é uma amostra de sua própria história. Seus versos são como confidências, e demonstram todo o apelo íntimo que há na expressão do feminino.
Com sua sensibilidade exacerbada, impulsos eróticos e o desejo de, com perfeição, expressar esse estado de alma, Florbela, em seus versos, apenas deseja amar e ser amada. Infeliz desejo. Talvez, sua maior tragédia.
Inquieta, viveu a buscar, a incansavelmente procurar. Parece querer da vida mais do ela pode dar.
É uma perturbante realidade, em que ela vivencia com angústia a incapacidade de ver-se plena, assim, faz de seus poemas um universo de significados muito comoventes.
Melancólico, agressivo, apaixonado, triste, ousado, esses são alguns dos adjetivos que melhor descrevem Florbela Espanca. Uma grande mulher da poesia.