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sábado, 31 de julho de 2010

'¨.¨ Café Expresso ¨.¨



O Clint Eastwood desconhecido


Clint Eastwood hoje é reconhecido como um dos maiores diretores de todos os tempos, nem sempre foi assim. Eastwood era apenas um coadjuvante da série de televisão “Ranwhide”, quando o diretor italiano Sergio Leone, um desconhecido, o convidou para ser a estrela de um faroeste. O filme estourou no mundo todo, Eastwood ganhou fama e Sergio Leone aclamado como gênio, dando inicio para um gênero de grande sucesso o “spaghetti-western”, mas Eastwood virou lenda nos anos 70 como o policial durão “Dirty” Harry, se tornando uma das bilheterias mais rentáveis da década e um ícone do cinema.

Em 1971 dirige seu primeiro filme “Perversa Paixão” (Play Misty For Me, EUA) e em seqüência dirige sete longas, alguns sucessos de público, nunca de crítica, que reclamava que a fotografia de seus filmes eram escuras e faltava sensibilidade.

Alguns críticos afirmam quem em “Bird” (1988, EUA) Clint alcança a perfeição, talvez um ensaio para essa mudança seja "Honkytonk Man” de 1982.

O filme ocorre durante a depressão econômica pós-crise de 1929 em uma fazenda em Oklahoma, quando Red Stovall (Clint Eastwood) um dos filhos do proprietário retorna. Red ,um "honkytonk man(músico de bordel)",está com tuberculose e foi convidado para uma audição no “Grand Ole Opry” (festival e programa de rádio que revelou Elvis Presley, Johnny Cash, etc.). Muito doente e cansado, Red relutante no início, aceita que seu sobrinho Whit (Kyle Eastwood, filho de Clint e nos dias atuais músico de certo sucesso) seja seu motorista e protegido.Para o garoto ali está a chance de amadurecer, para Red a chance de sua vida.

Com roteiro de Clancy Carlile baseado em seu próprio livro, o filme mostra o crescimento como homem do menino e a redenção de outro, tema muito constante em filmes de Clint Eastwood, que conta também com a fotografia do seu habitual parceiro Bruce Surtees.

Talvez junto com “Firefox”, "Honkytonk Man” seja um dos mais desconhecidos de Eastwood e teve uma fraca bilheteria na época. Uma viagem pelo interior dos Estados Unidos,muito pouco conhecida no Brasil, que narra a tentativa de Red em ser alguém e também, um novo rumo para o cinema de Eastwood que eternamente será o maior durão de Hollywood.



sexta-feira, 30 de julho de 2010

..:: Guardanapo ::..

Buenas...


Hoje é sexta-feiraaaaaaa... Chega de canseiraaaa... Nada de tristeza, pega uma cerv... Ops! Desculpem pessoal, é o "espírito" da sexta-feira. Como preciso escrever, vou exorcizá-lo... Por hora...

Bem, dia de quadrinhos aqui no cafe do bira. Como hoje é sexta, e muita gente não tá querendo nem saber de trabalho agora, vou falar sobre um personagem que sabe tirar de letra situações em que, vez ou outra, somos submetidos no "tranquilo" e "pacífico" ambiente profissional. Falarei um pouco sobre o Dilbert.



Criação do norte-americano Scott Adams, Dilbert pode ser considerado um personagem biográfico. Formado em economia, o cartunista dedicou alguns anos de sua carreira no mundo corporativo dos negócios. Época que, por certo, foi um grande laboratório para que ele criasse Dilbert, considerado pela revista Time uma das vinte e cinco figuras mais influentes do EUA, em 1997.

Por que Dilbert é este sucesso? Ora, porque muitos e muitos profissionais, ao redor do mundo, identificam-se com ele. Com seu humor irônico, ácido, e, como não poderia deixar de ser, extremamente inteligente, Dilbert dá "valiosas" dicas de como se relacionar com seus superiores no trabalho, invariavelmente incompetentes, surpreendentemente comuns.

Bom, você que está aí relaxando, se preparando para o final de semana, dê uma olhada nas tiras do Dilbert. Sem dúvida, você dará boas gargalhadas e chegará a conclusão de que nem tudo no seu trabalho pode ser ruim.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

..::Jukebox::..

Dando seguimento a coluna sobre os "herdeiros do tropicalismo" o nome de hoje é o de um artista bastante peculiar:

Jards Macalé.


Macalé levou a bandeira da canção popular um passo a frente na história da música brasileira, libertando-se do estigma de "baiano tropicalista" para Macalé, carioca da gema.

Bem humorado, ou melhor, engraçadíssimo, soube usar essa habilidade, o que sempre deu a ele um algo a mais... Mas não vou me demorar nas descrições, vou direto ao ponto e falar de um dos seus melhores discos: Contrastes, de 1977.

A faixa título é uma releitura da composição original de Ismael Silva, tão satírica quanto àquele que a regravou:

Existe muita tristeza na rua da alegria
Existe muita discórida na rua da harmonia
Analisando essa história,
Cada vez mais me embaraço
Quanto mais fujo do circo, mais eu encontro palhaço


O disco contrastes mescla diferentes gêneros: reggae (Negra Melodia), choro (Choro do Arcanjo), valsa (Poema da Rosa), marchinha (Passarinho do Relógio), etc etc etc.

Tem ainda um blues, a faixa "Black and Blue", onde Macalé caricatura com excelência Louis Armstrong, e em "Sim ou Não", com o acompanhamento de Jackson do Pandeiro (!), traz toda a malícia do xote.

A faixa que se destaca é o samba de breque "Conto do Pintor", composição de Moreira da Silva e Miguel Gustavo, nela, Jards Macalé destaca seu senso de humor com interpretações incríveis, e recria o cenário com Sérgio Chapelin, Sérgio Dourado e o "Maioral", para não dizer qualquer nome do governo brasileiro (afinal, o Brasil vivia a ditadura militar...)

Um dos melhores discos já produzidos. Jards Macalé soube dar um toque pessoal e tropical às canções antigas, seus experimentalismos trouxeram a tona todo o desconcerto que a nova música brasileira estava descobrindo. Teve papel fundamental na liberdade de criar utilizando recursos sonoros muito variados e originais.

O disco ainda tem a faixa "Cachorro Babucho" composição de Walter Franco.

terça-feira, 27 de julho de 2010

..:: Cardápio ::..

Buenas...


Tudo bem pessoal? O tempo deu uma virada, tá meio frio hoje... Clima ideal para ler um livro, embaixo de alguns cobertores, não acham?

Usando a deixa, vou recomendar um obra bacana, que fala de um período bastante controverso na história recente brasileira. Aproveitando que faço pesquisa sobre o tema, falarei um pouco sobre a ditadura militar. Ou melhor, darei a dica de um livro que fala sobre o papel dos jornalistas e dos censores do regime cívico-militar brasileiro.

Cães de guarda - jornalistas e censores, do AI-5 a Constituição de 1988 (Beatriz Kushnir, São Paulo. Boitempo - 2004) é um trabalho polêmico que coloca novamente à mesa o debate sobre o papel de alguns setores da sociedade civil -sobretudo os jornalistas e os grupos de mídia - no apoio ao "governo militar".



Bom, pra começar, é necessário colocar a expressão "governo militar" entre aspas pois, como Kushnir faz questão de habilmente enfatizar na obra, seria impossível ter um regime nos moldes que existiu, sem o apoio de certos segmentos da sociedade civíl. Dessa maneira, o termo correto aqui seria Ditadura Civíl-Militar.

A autora, Doutora em História Social do Trabalho pela Unicamp, coloca o holofote nos jornalitas que, pretensamente, sempre definiram-se como "agentes da resitência" ao regime civíl militar. Sempre quando o assunto são os anos de arbítrio, muitos jornalistas tendem a ter uma postura de vítimas,respondendo de forma evasiva ao papel da imprensa nos anos de chumbo.

Como faz questão de enfatizar, em vários pontos do livro, Kushnir coloca um freio na generalização, alertando que nem todos os jornalistas contribuíram para o regime. Seja na forma de colaboradores do regime, ou mesmo de jornalistas de carreira que atuaram nas redações dos jornais, Kushnir esclarece que apenas alguns véiculos de imprensa atuaram no suporte ao regime, como é o caso do jornal Folha da Tarde.

Um livro que valhe a pena conhecer, principalmene áqueles que gostam de política. Uma obra interessante que nos ajuda a compreender um tipo de governo que volta e meia se estabelece no Brasil, embora a sociedade brasileira tenha um discurso de que nosso país seja "democrático por natureza". Afirmação puramente retórica, tendo em vista o histórico de regimes autoritários que a república já vivenciou.

Para saber mais, clique aqui.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

.:: Guardanapo ::..




    O homem quase sem medo


A versão de David Mazzuchelli para o Demolidor

O Demolidor talvez seja o personagem mais complexo dos quadrinhos. Criado em 1964 por Stan Lee e Bill Everett, não foi um sucesso imediato como Homem-Aranha, Hulk, Homem de Ferro, mantendo-se assim em segundo plano na Marvel. A revista passava de mãos em mãos, os roteiros eram fracos e o Demolidor que poderia ser o super-herói mais soturno das HQs, vivia histórias ridículas no espaço, inimigos fracos e não se destacava. Isso mudou em 1979 , quando Frank Miller passou a desenhar o titulo e logo em seguida começou a escrever também, trazendo o Demolidor para um ambiente mais urbano, próximo à realidade do leitor, um estilo narrativo diferenciado, misturando a rapidez do mangá, criando personagens secundários fortes como Elektra, pegou um inimigo abobalhado do Homem-Aranha e o transformou em um grande figurão da Máfia e um dos vilões mais amados dos quadrinhos, Wilson Fisk “O Rei Do Crime”.

Após a saída de Miller, o Demolidor se via novamente em um "mato sem cachorro", com sua revista novamente com roteiros fracos, só que o seu jovem desenhista chamou a atenção. Era David Mazzuchelli, um jovem com fortes influências do Impressionismo. Mazzucheli renovou em seus desenhos com experiências gráficas marcantes. Miller foi chamado de volta e pediu que Mazzuchelli continuasse desenhando, dessa parceria se desenvolveu um dos marcos nas HQs de todos os tempos: A Queda De Murdock.

Capa da edição especial de 1986

Intitulada de "Born Again" nos Estados Unidos, em “A Queda De Murdock”, Miller jogou Matt Murdock (alter-ego do Demolidor) na sarjeta, transformado em um homem sem esperança, uma de suas paixões se suicidou, sua empresa de advocacia com o sócio Foggy Nelson faliu, sua namorada Glorianna O’Breen não entende Matt e outra ex-namorada Karen Page, secretária da firma de Murdock e Nelson, que havia deixado a profissão para virar atriz de Hollywood retorna na saga. Frustrada, Karen se torna estrela de filmes pornográficos e junkie, vendendo a identidade secreta do Demolidor para o grande chefão do crime Wilson Fisk, O Rei Do Crime. Começa a saga da queda e ascensão de Matt Murdock.

“A Queda De Murdock” talvez seja a primeira graphic novel a questionar a posição do herói e o tratar da forma mais humana possível, mostrando os mesmos conflitos do público e questionando quanto vale a identidade de um homem.

Publicada no Brasil originalmente pela Abril em SuperAventuras Marvel, também em uma versão encadernada intitulada apenas de “Demolidor” e alguns anos relançada no seu formato original, “A Queda De Murdock” abriu muitas portas para Miller e Mazzuchelli, que se reuniriam de novo e lançariam o clássico Batman: Ano Um pela DC. Vale a pena ler essa que é uma das histórias mais mitológicas dos quadrinhos, um verdadeiro soco no estômago do leitor.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

..:: Jukebox ::..



Ele ainda é um "Animal"





Eric Burdon é um dos maiores “bluesman” branco de todos os tempos, talvez o maior. Dono de uma voz rouca e forte, reza a lenda que na infância morava em um apartamento, e no andar de baixo havia um marinheiro que trazia de suas viagens, discos de Blues e os escutava em alto volume, chamando atenção do menino Eric.

Anos se passaram e Eric Burdon formou uma das bandas mais idolatradas da conhecida invasão britânica de 1964,“The Animals”,com pegada bluseira no início, pop no meio e misturando a batida psicodélica de São Francisco no final.

Após o fim dos Animals, Burdon fez uma parceria muito produtiva com o grupo de funk americano "War", gravando o emblemático “Eric Burdon Declares War”. Burdon, após a temporada com o War, lançou alguns discos, mas sem sucesso, tentou ser ator de cinema e um retorno com os Animals.

O tempo passou e Burdon virou Cult.Nos anos 90 gravou com a banda brasileira Camisa de Vênus , “Don’t Let Me Be Misunderstood”, sucesso do seus tempos de Animals e arranjou um novo parceiro para composições, Marcelo Nova. Os resultados desta união são encontrados no álbum “My Secret Life” lançado por Eric em 2004 .



1. Once Upon A Time (Burdon /Bradley) :"My Secret Life” começa com essa gostosa homenagem a juventude dos anos 60 e seus ídolos, incluindo o próprio Eric.

2. Motorcycle Girl (Burdon/Nova): Eric fez a versão da canção “A Garota Da Motocicleta” de Marcelo Nova, com um arranjo muito mais arrojado e com metais marcantes, talvez seja a versão definitiva para a música.

3. Over The Border (Munyon): Possui uma guitarra marcante, mas não chega a empolgar.

4. The Secret (Chapman /Barnhill): Sensualidade extrema, com bateria e cordas excepcionais, um dos melhores momentos do disco.

5. Factory Girl (Braunagel /Burdon): Lembra os velhos lamentos dos negros que trabalhavam em campos de algodão, com um Eric dramático e uma gaita escocesa ao fundo, penetrando a alma do ouvinte.

6. Highway 62 (Braunagel/Burdon/Schell): Um convite para um passeio inesquecível, um blues moderno e seco, ao estilo Robert Cray.

7. Jazzman (Burdon/Restum): Uma viagem aos velhos salões de jazz, muito fiel ao gênero, mas é fraca comparada ao resto do álbum.

8. Black And White World (Burdon/Nova): Mais uma parceria de Eric e Marcelo Nova, empolgante, quase um “ska”.

9. Heaven (Byrne/Harrison): Cover da banda Talking Heads, lembra as velhas canções de amor de Ray Charles, com um pequeno tom de melancolia.

10. Devil Slide (Burdon/Nova): Blues à la Chicago, com uma slide-guitar marcante, um ticket ao inferno sem direito de volta.

11. Broken Records(Burdon/Nova): Lenta e parada, não consegue seu objetivo de encantar. É a pior do álbum.

12. Can’t Kill The Boogie Man (Burdon): O ponto alto do disco. Blues forte e rápido, com sua base remetendo a “Boom Boom” de John Lee Hooker. Uma singela homenagem de Eric a um de seus mestres.

13. My Secret Life (Cohen): Uma das mais belas canções do Séc. XX, com letra marcante de Leonard Cohen, muito bem estruturada e interpretada por Eric, melhor do que a original. Uma preciosidade que chega até a arrepiar.

"My Secret Life" expõe toda a sensualidade, carisma e o alcance vocal de Burdon, mostrando que ele continua em forma, com a mesma voz que o consagrou na década de 60. Além de conhecermos sua “vida secreta”, vemos que Eric Burdon continua sendo um animal.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

..:: Ressaca ::..



Continuando o raciocínio do meu último post, falo sobre os vários estilos e comportamentos que nasceram a partir do rock and roll.


Hoje falarei sobre um grupo em especial. Saindo da banda Deep Purple (lembrando que isso é segundo minha opinião), temos um estilo musical que implica em riffs garbosos, solos animados e letras que envolvem sexo, drogas e rock and roll.


O Hard Rock é um estilo que surgiu na década de 60, quando foi criado um estilo de rock mais pesado do que o convencional. Usando as raízes do blues britânico, com o auxílio de guitarras elétricas distorcidas, o estilo não podia ser chamado de rock and roll por sua pegada forte, mas também não podia ser chamado de Heavy Metal, pelo fato de não ter a sonoridade sombria do estilo.

Muitas bandas saíram desse estilo, como Skid Row, Mr. Big, Extreme, Kiss e Poison(acima).


Além do Hard Rock, também foi criado o Glam Rock, com uma sonoridade semelhante à do Hard, porém, com seus integrantes maquiados e travestidos.

Também houve várias bandas com esse título, como o lunático Ziggy Stardust, personagem de David Bowie e os glams do Twisted Sisters(à esquerda).




No próximo post, falaremos um pouco sobre a difusão do Heavy Metal e suas vertentes.

terça-feira, 20 de julho de 2010

..::Cardápio::..

Hoje é dia de literatura. Vou falar sobre uma poetisa: Florbela Espanca.

Florbela d´Alma da Conceição Lobo Espanca, é a figura feminina mais importante da poesia portuguesa.

Nasceu em 1894, estudou Direito em Lisboa, e tem uma história de vida bastante marcada pelo incomum e inesperado. Assim como sua poesia: Casou-se, separou-se, sofreu um aborto, foi abandonada pela família, e suicidou-se em 8 de dezembro de 1930, dia do seu aniversário.

Toda a sua trajetória poética é uma amostra de sua própria história. Seus versos são como confidências, e demonstram todo o apelo íntimo que há na expressão do feminino.

Com sua sensibilidade exacerbada, impulsos eróticos e o desejo de, com perfeição, expressar esse estado de alma, Florbela, em seus versos, apenas deseja amar e ser amada. Infeliz desejo. Talvez, sua maior tragédia.

Inquieta, viveu a buscar, a incansavelmente procurar. Parece querer da vida mais do ela pode dar.

É uma perturbante realidade, em que ela vivencia com angústia a incapacidade de ver-se plena, assim, faz de seus poemas um universo de significados muito comoventes.

Melancólico, agressivo, apaixonado, triste, ousado, esses são alguns dos adjetivos que melhor descrevem Florbela Espanca. Uma grande mulher da poesia.

sábado, 17 de julho de 2010

..:: Café Expresso::..


        O Maioral Da Tela

         Steve Mcqueen:“o homem que as mulheres querem ter e que os homens querem ser”
                
                       
  Steve McQueen foi uma das maiores bilheterias dos anos 60 nos Estados Unidos e no mundo. Apesar do jeito grosseiro, sua presença de cena era imensa, tanto que ficou conhecido como “o homem que as mulheres querem ter e que os homens querem ser” e também “King Of Cool” (equivalente a “O Rei dos Maiorais”). Apaixonado por grandes máquinas era viciado tanto por motorizadas, quanto máquinas humanas, casou–se três vezes, tendo um casamento polêmico com Ali MacGraw sua co-estrela em “Os Implacáveis” (The Getway, 1972, EUA), com queixas que ele a agredia. Há alguns mitos em relação à McQueen, que Bruce Lee e Chuck Norris teriam ensinando artes marciais para ele, tudo isso lenda. McQueen era muito amigo de Bruce Lee e carregou seu caixão. É lendária a conversa entre os dois, Mcqueen teria dito “-gostaria de lutar como você” e Lee respondido “-eu a bilheteria dos seus filmes”. Ambos se tornaram ícones da cultura pop.

Infelizmente Steve McQueen foi embora muito cedo, um câncer no pulmão o matou aos 50 anos, mais deixou talvez as atuações mais verdadeiras e próximas da realidade já vistas no cinema. Muita coisa para um ex-frentista, que não era bonito, passou por reformatórios, mas tinha mais carisma no seu mindinho do que Robert Pattinson tem em seu corpo inteiro.

No Brasil os filmes mais conhecidos de McQueen são “Sete Homens E Um Destino” (The Magnificent Seven, 1960, EUA), “Papillon” (idem, 1973, EUA) e “Inferno Na Torre” (The Towering Inferno, 1974, EUA), um dos melhores de McQueen é “A Mesa Do Diabo” (The Cincinnati Kid, 1965, EUA), estrelando também Karl Malden (o maior ator coadjuvante do cinema) Ann-Margret, Tuesday Weld e o “rei dos gângsteres” Edward G.Robinson em um de seus últimos filmes.

“A Mesa Do Diabo” é a história de Kid (Steve McQueen) um jogador de pôquer cansado de jogar em mesas de bar e com oponentes fracos, sonha em um grande jogo com o melhor: Lancey Howard (Edward G. Robinson, sempre sinistro). No meio disso se envolve com a mulher do seu sócio Shooter (o brilhante Karl Malden) e se apaixona pela jovem Christian (Tuesday Weld).

Dirigido pelo hoje consagrado Norman Jewison, após o diretor original Sam Peckinpah ser demitido (mais tarde faria com McQueen o clássico Os Implacáveis), com roteiro de um dos maiores da área, Terry Southern ,co-escrito com Ring Lardner Jr, editado por Hal Ashby, futuro diretor de “Ensina-me A Viver” e outros marcos cinematográficos , música do argentino Lalo Schifrin, autor do tema de “Missão: Impossível” e canção original cantada por Ray Charles, “A Mesa Do Diabo” leva o telespectador a ser um observador do jogo, a torcer e vibrar em cada jogada, mostrando também por que McQueen é talvez o maior e mais carismático astro de todos os tempos do cinema.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

..:: Guardanapo ::..

Buenas...


Hoje o assunto é manga. Para quem ainda não sabe, manga é o termo que se dá aos quadrinhos orientais, sobretudo japoneses, assim como o comics são os quadrinhos norte americanos ou, como nós brazucas nos referimos, gibi.

Como falei num post anterior, o manga é antigo... Sua origem vem ainda no final do século XVIII, no Japão.

Porém, o manga se popularizou apenas no século XX, após a segunda guerra mundial, com a maior aproximação do país do sol nascente à cultura ocidental.

Por certo, um dos nomes que contribuiram para isso é o de Hayao Miyazaki.



Hayao Miyazaki, japonês, nascido em Tóquio, produziu algumas obras primas que destacam-se da grande avalanche de mangas e animes que vemos nos dias de hoje.

Para quem acha que "todo manga e anime tem os mesmos personagens com olhos grandes e coloridos" faço um convite para que conheça algumas obras de Miyazaki, como o manga que o projetou, Kaze no tani no Naushika.

No campo das animações, Miyazaki também se destacou. A viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no kamikakushi), faturou em 2001 o Oscar de melhor animação.



Poderia ficar horas falando sobre as obras do artista japonês. Ao invés disso, e pedindo licença para os nossos amigos da coluna Prato do Dia, deem uma olhada vocês mesmos. Todo domingo, do dia 18/07 ao dia 01/08, sempre às 11:00, o CineSesc fará uma mostra sobre algumas animações de Miyazaki. Que tal conhecer, de graça, alguns trabalhos sobre um dos maiores artistas japoneses contemporâneos?

O CineSesc fica em São Paulo, na Rua Augusta, n. 2075. Para assistir as sessões, é necessário retirar o ingresso no local uma hora antes da exibição. Para maiores informações, clique aqui.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Cardápio



Estou de férias em BH, e para homenagear a cidade o nome de hoje é do belo horizontino Fernando Sabino.

Sabino escreveu mais de 30 livros durante toda a sua trajetória, e é um dos nossos grandes cronistas.

Nasceu em 12 de outubro de 1923, dia das crianças, o que talvez ajude a reforçar seu senso de humor e seu olhar sobre as coisas: atencioso como o de um menino. Alías, era assim mesmo que ele se considerava.

Seus trabalhos incluem romances, crônicas, novelas, contos. Mas além de escritor, Fernando Sabino também foi nadador, locutor de rádio, jornalista, professor, crítico literário, etc.

Recebeu vários prêmio e teve livros traduzidos em diferentes idiomas.

O destaque na obra de Fernando Sabino, fica por conta do romance "Encontro Marcado", um livro autobiografico, que conta a história de grupo de rapazes vivendo e descobrindo a si mesmos e a vida. Uma bela história sobre uma juventude na década de 1940 em Belo Horizonte.

Morreu em 11 de outubro de 2004, um dia antes de completar 81 anos.

Seu epitáfio: Aqui jaz Fernando Sabino, nasceu homem, morreu menino

segunda-feira, 12 de julho de 2010

..:: Prato do dia ::..

Assistir a um concerto de música erudita não é pra muitos. Tem de ser elitizado. Primeiro porque um ingresso no local menos privilegiado da Sala São Paulo custa a bagatela de trinta e seis reais. Se você for dos bons, pode chegar até os cento e vinte e dois reais.


Tem a meia-entrada, é verdade. Mas pra quem é estudante, que, como sabemos, é a menor parcela da sociedade. Talvez por isso a música erudita seja tão mal dissipada. O máximo que conhecemos são as músicas que tocam ao fundo de Tom&Jerry, como Chopin, Strauss e Rossini. Ou então já ouvimos falar de Beethoven, aliás, é a musiquinha do gás!

Pra salvar a gente, desprivilegiados, vai acontecer um encontro entre a Orquestra Sinfônica de Heliópolis e Rappin Hood, no Sesc Itaquera. Quem não é estudante também pode ir! O preço? Gigantescos sete reais.
É, sem dúvida, uma ótima oportunidade de conhecer o trabalho do rapper, que consegue, junto com a sinfônica, encontrar uma vertente curiosa e social da arte.

Onde?

Avenida Fernando do E. S. Alves de Mattos, 100

Itaquera - São Paulo
Tel: 2523-9200


Quando?

18/07 - domingo

Às 15h00



Quanto?
R$ 7,00

sexta-feira, 9 de julho de 2010

                                                                        .:: Guardanapo ::..
             

                Bronco, Anárquico & Gozador




Sujo, sarcástico, anárquico e até mesmo desacreditado. Este é o Angeli apresentado em “Os Broncos Também Amam” (L&PM Editores, 2007), uma compilação de alguns momentos da clássica revista “Chiclete Com Banana”, campeã de vendas na década de 80.

O Brasil vivia um momento de transição, onde o povo dava adeus para a ditadura militar e esperava de braços abertos a “Nova República”.

Em “Os Broncos Também Amam” se destacam o jornalista e voyeur “Edi Campana”, sempre obcecado pelo comportamento feminino, “Coluna do Benevides Paixão” ,uma sátira ao crítico Paulo Francis e aos jornalistas da Folha de SP e também em “Somos Todos Idiotas”, ironizando o comportamento do brasileiro.Já em suas tiras se destacam “As Fantasias Para 86”, “O Melhor Do Rock”, “As Drogas Que Pintam” e “As Gripes Que Atingem O Homem Moderno”. Todas críticas ácidas,com muita ironia do que acontecia no Brasil a partir da democracia e em alguns países e seu neoliberalismo.

Angeli em 85 já previa a nossa realidade, um mundo de conformados, alienados, onde velhas figuras ainda são dominantes no cenário político e cultural, ao conceito de moral pós-moderno e tantas outras coisas comuns em nosso dia-a-dia, mostrando que hoje não é diferente do ontem e amanhã se depender de agora, será a mesma coisa. Um texto leve ,bem humorado,atualíssimo,muito crítico e regado a boas doses de anarquia ,confira o gênio Angeli em "Os Broncos Também Amam” .

quinta-feira, 8 de julho de 2010

..:: Ressaca ::..


Estou com muita vontade de falar sobre alguns casos de comportamento que ando observando. Mas, antes disso, tenho que contar um pouco do começo da história para vocês! Não estranhem. Essa é sim a coluna “Ressaca”, porém, preciso dessa breve introdução para abordar o assunto inteiramente. Portanto, lá vamos nós!



O rock and roll é um dos estilos musicais que mais sofre alterações no mundo. Dentro dele, existem várias vertentes que levam desde um leve e simples blues, aos mais pesados e sombrios heavy metals.


Além de disseminar tipos de sons diferentes a nossos ouvidos, o rock também muda as ideologias de seus milhões de fanáticos.


O rock, que começou do blues, já teve grandes estrelas que influenciaram novas gerações e idéias. Eu, particularmente, gosto de apontar três grandes bandas que marcaram o cenário do rock e abriram espaço para a expansão assustadora de vertentes do estilo.


São elas:


A banda inglesa Deep Purple. Com uma sonoridade pesada e bem técnica, uso de teclados, um guitarrista sem firulas e um vocalista poderoso, a banda abriu caminho para bandas de Hard Rock, com seus riffs de guitarra marcantes. O riff mais conhecido da banda é o clássico Smoke on the Water.

Com uma sonoridade mais sombria e, muitas vezes, desagradável aos ouvidos, temos Black Sabbath. A banda, formada no final da década de 60, abriu as portas ao heavy metal, um estilo mais forte e mais sombrio do rock. Com os vocais sinistros de Ozzy Osbourne e a guitarra criativa e agressiva de Tony Iommi, a banda emplacou vários sucessos no cenário do metal, como a música Black Sabbath, que usa o trítono (combinação de três notas que formam um som considerado satânico na idade média).


Já com uma levada mais psicodélica e característica pelo blues, temos o Led Zeppelin. A banda britânica lançou o cenário do rock ‘n roll no mundo. Com sua guitarra com influências do soul e blues, Jimmy Page apresentou ao mundo o maior solo de todos os tempos, com o apoio dos vocais extravagantes de Robert Plant, na música Stairway to Heaven.

A partir dessas três grandes bandas, o rock mudou completamente, alterando o estilo de se vestir e de pensar de muitas pessoas. No meu próximo post, mostrarei a vocês como essa mudança no rock abalou o comportamento das pessoas de hoje em dia.

Muito obrigado e até a próxima, com a continuação do nosso raciocínio.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

..:: Jukebox ::..

O ab(surdo) não h(ouve)

Para começar a falar dos "herdeiros" do tropicalismo, o primeiro nome será o de um artista impopular. Talvez o mais impopular de todos que por aqui passarão.

Sua música era um jogo de palavras, de sons, de vozes. Inquietante. Assim ganhou o rótulo de incompreensível.

Teve pouquíssimo LPs vendidos, participou de pouquíssimos shows. Foi maldito.

Em setembro de 1972, quando ganhou o VII Festival Internacional da Canção - onde ficou conhecido - seu êxito durou pouco. Foi sumariamente vaiado, e como se não bastasse, no fim, o júri que o elegeu foi demitido e sua música desclassificada.

A música era "Cabeça":

Que é que tem nessa cabeça irmão
que é que tem nessa cabeça, ou não.
Que é que tem nessa cabeça saiba irmão
que é que tem nessa cabeça saiba ou não.
Que é que tem nessa cabeça saiba que ela não pode irmão
que é que tem nessa cabeça saiba que ela pode ou não.
Que é que tem nessa cabeça saiba que ela pode explodir irmão
.

O compositor: Walter Franco.




Durante as vaias da platéia, Walter manteve-se absurdamente calmo. Continuou como quem se abstrai em um transe particular.

A calma de Walter Franco veio depois se tornar também uma de suas marcas. O homem zen, em busca da verdade, do equilíbrio, da harmonia. O artista budista.

Mas nada disso foi o bastante para que ele se popularizasse, seus dois LPs, um de 1972, "Ou não", foi o primeiro e principal choque. A capa do disco é completamente branca, a não ser por uma mosca que aparece no canto. O outro de 1976 "Revolver", Walter Franco, vestido uma roupa branca, atravessa uma rua, como os Beatles em “Abbey Road".

Nenhum dos dois alcançou sucesso. No entanto, era perceptível que um artista diferenciado estava em cena. Era o lado B se consolidando, mesmo sob forte resistência.

Em 1978, lançou "Respire Fundo" ai, a coisa começou a mudar um pouco. Walter Franco já era conhecido, já tinha seu perfil de músico ousado - e maldito - fincado dentro da música popular brasileira. Um pós-tropicalista autêntico.

Passou a fazer algum sucesso desde então.

Em 1980 lançou “Vela Aberta” e em 1982 “Walter Franco”. Por fim, em 2001 “Tutano”.

Foi um artista que durante toda a sua carreira esteve à margem das gravadoras, do grande público e da imprensa. Uma boa explicação para isso só pode ser o fato de que Walter Franco trouxe ao cenário musical brasileiro, um estilo diferente. Uma nova estética da qual as pessoas (ao que tudo indica) não estavam prontas para compreender.

terça-feira, 6 de julho de 2010

..:: Cardápio ::..

Buenas...


Hoje o cardápio irá mostrar a vocês uma das poucas publicações que tem como foco o ABC paulista. Região que, a despeito de sua importância nas lutas das causas sociais e trabalhistas, e na redemocratização do país, sofre o estigma de "sombra da capital" por alguns setores da sociedade que não enxergam com tanto "entusiasmo" os ganhos sociais, políticos e culturais do ABC.

Experiências políticas no ABC paulista: lutas e práticas dos trabalhadores(Antônio de Almeida, Uberlândia. EDUFU - 2008) é um raio x dos processos históricos que culminaram com o perfil social e político que o ABC tem hoje.



Antônio de Almeida, doutor em História Social pela Universidade de São Paulo, resgata
por meio de uma sólida pesquisa em livros, artigos e textos referentes as cidades que
compõe o ABC, o início de uma das mais importantes características que denotam a região: a industrialização.

Porém, o livro não se limita a isso.

Almeida lembra de características sociais, políticas, e até geográficas, que direta ou indiretamente contribuiram para a vinda das indústrias e a consequente transformação da esfera social, outrora tipicamente destinada a agricultura, ainda na primeira década do século XX.

O historiador tem o cuidado de contextualizar a maneira como a industrialização do ABC, ao longo dos anos, contribuiu de maneira decisiva para a construção da identidade do trabalhador fabril e a dinâmica presente nas relações sociais que permeiam o dia-a-dia de seus moradores.

Almeida destaca a grande produção cultural perpetrada pelos artistas e trabalhadores, ao contrário de certos setores da sociedade, onde, no mínimo, possuem uma atitude "apática" em relação ao desenvolvimento intelectual dos sete municípios. Teatro, cinema, artes pláticas e variadas formas de expressão, tem espaço na obra que traz a tona a cultura peculiar, porém rica, que é presente na região.

Um livro que toda pessoa, e aspirante a historiador, que tenha alguma ligação com o ABC deveria conhecer não só pelo vasto material histórico que possui. Ele agrega, acima de tudo, no conhecimento à uma região essencialmente carente, que em favor da industrialização e do acúmulo de riquezas necessários a construção da imagem e do status da "metrópole", não foi capaz de reverter ao trabalhadores, atores principais deste cenário, a importância econômica e política que possui no Brasil.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

..:: Prato do Dia ::..

Não é muito perto, mas é de graça! Não é nada perto, mas interessantíssimo!

A Galeria de Babel, em Pinheiros, apresenta a exposição “O desassossego da cor”, do fotógrafo mundialmente conhecido Steve McCurry.

McCurry já teve até uma capa na National Geographic. A foto é de uma refugiada afegã de 13 anos e foi divulgada na edição de 1985, ou seja, McCurry tem uma bagagem considerável nas costas.

Justamente por essa bagagem, o fotógrafo ministrou, entre 20 e 23 de maio, uma palestra e um curso em São Paulo que faz parte do projeto Grandes Mestres da Fotografia, no Museu da Imagem e do Som.


A exposição vai até o dia 25/07, então, programe-se!

Onde?
Galeria de Babel Rua Virgílio de Carvalho Pinto, 422/426
Pinheiros

Tel: 3825-0507

Quando?

Diariamente, até o dia 25/07 (dom)
Das 10h às 17h

Quanto?
Na faixa!

sábado, 3 de julho de 2010

  ..:: Café Expresso::..

O Scorsese que quase ninguém viu


Jerry Lewis e Robert De Niro ,os astros de "O Rei Da Comédia"



Martin Scorsese já era um cineasta renomado quando fez “O Rei Da Comédia” (The King Of Comedy) em 1983. Feito após dois grandes êxitos, os filmes “Taxi Driver” (idem, 1976) e “Touro Indomável” (Raging Bull, 1980), para muitos Scorsese errou a mão, para outros é um dos seus filmes mais geniais.

“O Rei Da Comédia” conta a história de Rupert Pupkin (Robert De Niro) um comediante de stand-ups que alimenta o desejo de se tornar famoso e se apresentar no talk-show de Jerry Langford (Jerry Lewis, para muitos o maior comediante de todos os tempos). Para isso Rupert não poupara esforços e junto com sua amiga Masha (Sandra Bernhard), fará loucuras pra alcançar a fama.

O filme talvez seja o mais humano e violento do diretor. Não a violência de “Taxi Driver”, mas a violência psicológica, com o apelo muito próximo a nossa realidade, pessoas que fazem de tudo para alcançar a fama.

De Niro nunca esteve tão conectado com o público, afinal vemos milhares de pessoas como Rupert todos os dias em nossas ruas e na mídia, conseguindo passar para o espectador toda a tensão e loucura do personagem. Jerry Lewis interpreta uma sátira a Johnny Carson, o pai dos talk-shows, só que acrescenta um pouco de arrogância e antipatia. Lewis teve alguns problemas com o método de trabalho de Scorsese e chegou a dirigir uma seqüência para o filme e ficou chocado com a preparação de De Niro para algumas cenas.

Com um roteiro brilhante, com diálogos de alto nível de Paul D. Zimmerman, uma fotografia limpa e com tons de cinza de Fred Schuler, uma direção inteligente de Scorsese e ótimas interpretações, “O Rei Da Comédia” é um clássico esquecido, vivendo a sombras de outros filmes de Scorsese. O próprio afirmou que não deveria ter feito o filme, mas realiza aqui um retrato fiel e concreto sobre a obsessão e ambição para alcançar a fama e o sucesso. Se você acha que já viu ou ouviu algo parecido, assista “O Rei Da Comédia”.